[TUTORIAL] - Midnight

Nome: Askrad Novrandt
Idade: 45
Raça: Humano
Gênero: Masculino
Localização: Minion
Estilo de Combate Básico: Espadachim
Mão Predominante: Direita
Qualidade: Impassível
Defeito: Dependência(2 pontos) - Nicotina

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Quantos anos devia fazer? Quarto? Cinco? Não me recordo. A única memória que ainda resta deles eram seus sorriso, ah sim..os sorrisos. Dizem que o paraíso é feito de muito dinheiro, mulheres, gloria e fama, não para mim, meu paraíso eram aqueles dois. Eona, com seu sorriso único, elegante, fino, um universo em forma de dois traços pertos do outro, preenchidos pela carne de uma mulher ímpar do mundo, a qual tive o prazer de chamar de esposa. Edgar, o varão sangue do meu sangue, uma criança inocente, com um coração de ouro e coragem de um leão, seu destino era o de um rei. Seria assim, se aqueles dias trágicos não tivessem chegado, se aquela mulher não tivesse colocado os olhos sobre o que não devia.

Juntava minhas coisas somando um total de minhas roupas e uns trocados que achara jogado, não importava a quantia. Terminava o último cigarro jogando o resquício no chão, maldito vício. Sentava onde dava ali, cruzando um pouco as pernas, sentindo o ar gélido de Minion penetrar meus pulmões, irritá-los. - A hora chegou, Eona. Dizia, quase como súplica, perdão, essa era minha saga. E o perdão tinha que começar pelo sangue daquela mulher, não havia outra redenção senão essa.

Por fim, levanta-me, pouco importando o destino da casa com aquele micro de incêndio em forma de fumo. O destino era incerto, apenas boatos, as bocas falavam sobre um grupo de pessoas naquela ilha que estavam dispostas a mudar o destino dela, revolucionários, seja lá o título de escolha, o importante mesmo era eu ter a chance de me vingar dela: Erin Weiss.

Começava a caminhada, carregando apenas as roupas no meu corpo e andando em direção do lugar onde as histórias começavam e terminavam, ou seja a taberna. Se tinha algum lugar ótimo para procurar informações era ele. Sendo assim, continuava meu caminho, a passos mais lentos, enfrentando a neve, e buscando por alguma placa que sinalizasse a entrada de um bom bar. Ao chegar, faria o de todo viajante, uma mesa e uma cerveja.

     
    

Taverna, o lugar que todo homem, seja chegando na ilha, saindo de seu trabalho, ou saindo da ilha, encontrava-se. Aqui era o local onde histórias nasciam e morriam, onde ouvia-se as melhores e piores fofocas, onde se descobria coisas que não desejava saber sobre os outros, em especial das mulheres da vila. A mistura perfeita, bebados, armas e mais alcool.

- Esse lugar não mudou nada. Dizia vagamente logo após a pergunta da atendente, subia os olhos indo direto para o rosto dela, não lembrava dela, isso só mostrava o quão longínqua foram minhas visitas naquele lugar. - Lembro dos meus dias de juventude, forte como os rapazes por aqui, bonito como você. Sem saber de nada, sem saber do futuro. Dizia dando uma risada ao vento, no fundo uma risada sarcástica. Uma ou duas décadas atrás eu mal poderia imaginar aonde poderia chegar, de limpeza, a cozinheiro, cozinheiro da rainha e bom...deu no que deu. Uma família morta, um trauma e uma sentença de expulsão. Sem falar mais nada, retirava um punhado de moedas e entregava para a moça. - Uma cerveja.

Enquanto a bebida não chegava, essa era uma hora perfeita para observar o ambiente, não com os olhos, e sim com os ouvidos. Histórias começavam e terminavam ali, e muitas escapavam. Com certeza algum aspirante a revolucionário ou algo daquela baboseira estaria aqui, ou no mínimo alguém que pudesse chegar até eles, bastava esperar um pouco e o assunto poderia chegar aos ouvidos. Então ao que a bebida chegasse, agradeceria à garçonete, brindando em sua saúde, tomaria um gole e era hora da decisão. Tendo ouvido alguma mesa falar sobre esse assunto, aproximar-me-ia dela e então, chegando mais perto, puxaria um banco pedindo licença aos homens.

- Companheiros, não pude me calar perto de seus assuntos, permita-me pagar uma cerveja para conversarmos. A justiça ou tudo isso, vingança, o que move vocês afinal ?


Entretanto, se não conseguisse ter ouvido nada, restaria então a velha abordagem: o mestre. Levantaria e caminhando rapidamente, junto da caneca, iria mudar para os locais mais próximos do taverneiro, a famosa fonte do conhecimento, e ao sentar acenaria para ele, esperando que fosse chamado. - Mestre, ouvi falar que tem andado por aqui uns homens que desejam agitar as águas, sabe de algo ? Justiceiros ou algo assim.

     
    

Então, o destino parecia guiar fiiguras interessadas, os rapazes pareciam procurar uma síntese, um desfecho e eu um começo. Um caminho sempre leva a outro, esse é o ditado não é ? Passava os olhos naquele que falara sobre a mulher, deveria ser um rapaz apaixonado, e como era bom sentir isso! Lembrava-me dos belos dias ao lado de minha falecida esposa, nos dias em que brincávamos junto ao velho dos fogos de artíficios, memórias eternas. O outro, tinha o cheiro da bravura, e como par dela, a desconfiança, sentia advindo dele uma aura mais serene, envelhecida, tal como as notas de madeira contrastadas em um copo de bebida envelhecida.

- Vingança. Dizia de prontidão olhando nos olhos do segundo. - GAHAHAHAHA. E soltava uma brada risada logo após, a risada de um despreocupado com a vida, não tinha nada a perder, era como uma bela tragédia antiga. - Veja, não sou contra esses ideais bonitos, mas no fundo somos guiados por coisas assim não? Acredito que vocês também perderam alguém, caso contráriio ainda estariam sendo ovelhas, não é mesma? O que eu desejo é vingança, contra o que perdi, pela memória daqueles que se foram. Dava mais um longo gole da bebida e pousava o copo na mesa próxima.

- Que tal um trato? Vocês devem precisar de braços não? Uma mão amiga aqui em Minion, eu ajudo nos seus objetivos, vocês ajudam nos meus. Além disso sou um cozinheiro, pode ter minhas habilidades profissionais como um bônus. Devo também acrescentar um outro ponto nesse contrato, trabalhei por um tempo no castelo da rainha antes dela...matar minha família. Devo saber me virar lá dentro, considerem isso um outro bônus para me aceitar nessa campanha. Dizia em um tom mais reservado, remoendo as palavras conforme as memórias da noite de chamas invadiam como clarões de um trovão em meio a tempestade.

Caso aceitassem, seguiria-os até o local designado, caso contrário, caberia então o plano B: seguir a dupla até seu objetivo, o qual deveria de alguma forma relacionar-se com o esconderijo dos "justiceiros" ou então em uma hospedagem, qualquer um dos dois serviriam.