[Tutorial] - Sekhem

Bem vindo ao All Blue RPG, a partir de agora eu serei seu Instrutor, irei lhe ensinar o básico sobre o fórum. O primeiro post é seu e peço desde já que se atente a sua mini ficha para trabalhar bem suas qualidades e defeitos durante a narrativa. Qualquer dúvida que tiver pode mandar MP que irei responder o mais rápido possível. Segue abaixo algumas informações importantes:

● A ficha usada para o tutorial é exclusiva dele e não precisa ser reaproveitada na sua ficha oficial, que pode ser completamente diferente. Mas nada lhe impede de usar o mesmo personagem.

● O fórum parte da premissa de evitar ao máximo God Mode, ou seja, que o jogador, controle NPCs e cenários. Em resumo evite descrever coisas como “O sol estava forte”, “Era uma manhã fria”. Não é um problema você dizer que acordou ou que está em casa, porém evite criar coisas.

● Uma dica importante para todos é que apesar de não se poder narrar cenários, ou controlar NPCs você pode procurar coisas e interagir com elas colocando a possibilidade de encontrar tais coisas. Exemplo: “Iria levantar e ir até a geladeira da casa, procuraria dentro dela uma maçã e se encontrasse uma já metia aquela bela mordida”

● Recomendo que consulte o Guia de Narração, Guia do Novato e Guia de Combate. antes de realizar o primeiro post.

● Por fim, sempre atente-se ao post de seu Instrutor e as dicas que ele der com cuidado, elas podem ajudar muito você a se guiar no fórum.

O mink acordava, seu passado o tinha feito se tornar o que ele era naquele momento e mesmo que tudo tivesse ficado no passado, a única coisa que o movia no momento era o mesmo passado que tinha se transformado em uma sede de vingança que parecia ser o combustível para o mesmo se levantar toda manhã. Seu primeiro objetivo era encontrar uma forja, não seria difícil, ele já conhecia a ilha e por isso tinha algumas ideias de onde poderia seguir para encontrar o que desejava. Melhorar suas armas seria realmente algo que poderia lhe ajudar no futuro e por isso não pouparia esforço para alcançar sua vingança. O clima estava bom, apesar do sol e o mink terem um problema em visto do calor, naquele dia estava peculiarmente agradável. As nuvens que pairavam no céu pareciam fazer aquilo ser possível. As pessoas nas ruas uma hora ou outra olhavam para o mesmo um pouco suspeitas, afinal, não era comum encontrar alguém de sua espécie, porem logo viravam seus rostos e seguiam em frente, pareciam não querer lidar com aquilo ou tampouco se importavam o suficiente para trocar uma palavra ou outra.  

Ele continuaria a caminhar até começar a ouvir o clássico som de ferro se chocando com ferro. Em uma região que poderia ser chamada de mercado de pulgas, um mercado tradicional, mas tampouco elegante, que abrigava um certo tipo de pessoas que muitas vezes vagavam as margens da lei. Mas também era ambiente de convívio dos mais pobres e necessitados, em vista disso, havia muita gente, mas eram bem diferentes da que você encontraria em outras partes da cidade. A maior vantagem do local era sua variedade de itens e serviços a venda, o que trazia de vez em quando uma alma ou outra da nobreza em busca de prazeres diferentes. Em meio a tudo isso o mink seguia seu caminho até uma pequena cabana, feita de varas de metal e uma tenda de pano vermelha que não poderia ser confundida por ninguém que já conhecesse aquelas redondezas. Porem o que chamava atenção naquele dia em particular não era nada mais nada menos do que as pessoas que estavam no local, diferentes dos restantes dos transeuntes era de fácil identificação. As roupas que vestiam, os adereços dourados demonstravam que não eram pessoas que viviam por ali.

Chegando a pouco mais de 3 metros o mink já poderia escutar algumas palavras, vozes exaltadas pareciam ser protagonistas em uma discussão ferrenha. - Isso não pode ser, está horrível– Uma mulher alta parecia exaltada – Vim por indicação, mas isso é pior do que eu imaginava, nunca que irei pagar por esse lixo. - A mulher jogava o que parecia ser uma pistola ao chão. Ao seu lado, um homem, grande como um touro, com correntes em volta de seus punhos que tinha a grossura de dedos de um homem adulto. Acorrentado a ele um homem mais baixo, corcunda, com apenas vestes de pano velho que acorrentado a suas mãos parecia todo ferido em seu corpo, se ele poderia apostar em como aquilo tinha acontecido sua melhor aposta seria um chicote fino. - Eu não posso devolver o dinheiro senhora... o que a senhora me deu nem mesmo pagou o custo do material usado. - O gigante ao ouvir as palavras do ferreiro o puxava pela camisa e começava a o encarar, olho no olho. O mink reconhecia o ferreiro, era Jordan, um homem que apesar de não ser parte do exército revolucionário ajudava os membros do mesmo, com itens, dinheiro e comida, era um homem de família que tinha pouco, mas o pouco que tinha dividia. A mulher por outra vez o mink não poderia identificar logo de cara, mas pelo jeito que a mesma se importava ele poderia apostar em algo semelhante a alguém da nobreza. Ele poderia ajudar o homem ou simplesmente ignorar aquilo, visto que era o que todas as outras pessoas pareciam fazer ao redor, simplesmente virando o rosto e se afastando do local.

A ação do mink assustava as pessoas ao redor, primeiramente pelo jeito que ele falou com o meio gigante que apenas virava seu rosto para o mesmo com um olhar de desconfiança para aquelas palavras. O outro, menor, ainda permanecia com um olhar triste no rosto que nem sequer levantava sua cabeça, apenas ficava encarando o chão. O meio gigante largava o ferreiro, praticamente o jogando contra o chão com força. Não parecia ter sido essa a intenção, mas do jeito que ele era forte e sem jeito parecia quase um ataque direto ao mesmo. Ele puxava seu corpo grande fazendo assim arrastar com força o outro escravo que estava acorrentado ao mesmo. Porem a maior surpresa ainda estava por vim, Sekhem tentava em um único golpe acertar as correntes que prendiam o meio gigante, um som de ferro se chocando era forte e o próprio mink poderia sentir em seu corpo que o golpe não tinha sido fraco pois o fazia tremer um pouco devido ao impacto. Se ele tivesse algum conhecimento sobre fisica entenderia o que tinha acontecido, mas como parecia não existir aquele tipo de conhecimento em sua mente ele apenas poderia achar estranho.

- Quem esse monstro acha que é para falar desse jeito? - A mulher olhava para ele com nojo, cospia ao chão logo a sua esquerda ao encarar o mink – Hercules, tire ele daqui ou vou acabar vomitando. - O meio gigante então fazia algo inesperado para todos que estavam ali. Como se fosse um escudo feito de carne ele parava o golpe do mink com seu próprio corpo. O machado jogado era fincado em seu peito como se ele fosse apenas um boneco de madeira, porem ele não demonstrava nenhum tipo de reação. Se ele não estivesse se movendo poderiam apostar que ele era realmente um boneco feito de carne. Lentamente ele retirava o machado que havia fincado em seu peito fazendo o ferimento escorrer sangue vagarosamente pelo seu peito. Era possível ver que a nobre pegava a pistola que estava no chão a qual tinha tido o trabalho a pouco de jogar ali. As pessoas começavam a se reunir ao redor, aproximadamente cinco metros faziam praticamente um círculo ao redor, curiosos esperando para ver o que iria acontecer. - Hercules, eu quero a cabeça desse monstro em cima de minha lareira. - Ela falava com odio em suas palavras e o meio gigante apenas fazia um barulho com sua boca como se estivesse confirmando.

O machado que lhe era jogado era pequeno para o mesmo segurar de forma apropriada, por isso, ele o segurava como se fosse basicamente uma faca pequena. Com passos lentes ele começava a se aproximar do mink, arrastando junto com si o outro homem acorrentado que parecia ter basicamente zero reações ao que estava acontecendo, continuando a olhar para o chão com seus olhos de expressão morta. - Briga briga briga briga – A população começava a gritar, se ele prestasse atenção ele poderia compreender que eram vozes jovens que gritavam aquilo. Também era possível ouvir uma correria tremenda ao redor de tudo aquilo, parecia que alguns estavam chegando para ver e outros pareciam estar fugindo daquilo. Tinha se tornado um verdadeiro espetáculo para os civis.

Logo era o momento de o meio gigante começar seu ataque, como se viesse do nado o mesmo em um único impulso se jogava contra o mink, ele era rápido para seu tamanho e cada passo que dava parecia que alguém tinha derrubado um saco de ferro contra o chão, ele era certamente pesado. Seus braços estavam abertos e ele parecia estar em posição para agarrar o mink como se estivesse encarando um travesseiro, porem aquele abraço ele poderia apostar que não seria de nenhuma maneira gentil.

O mink conseguia esquivar, ele tinha habilidade suficiente para fugir dos ataques do meio gigante enquanto em uma rolagem com eficiência fazia o montante de carne correr para frente como se fosse uma carroça desgovernada. Ele tentava contra atacar, porem era notório que sua força não era o suficiente para sequer mover o homem de seu estado enfurecido por isso ele apenas recebia o golpe, mas simplesmente ignorava aquilo. Ele rosnava de uma maneira monstruosa como se estivesse incomodado, mas não parecia ser qualquer tipo de demonstração de dor. Praticamente ignorando o inimigo como deveria ter feito antes ele corria em direção da mulher que segurava uma pistola em direção do mink à sua frente. Ele corria na direção da mulher que dava um tiro, o mink bloqueava com seu machado o primeiro, porém, o segundo acertava seu ombro esquerdo e o terceiro acertava sua coxa direita.

A mulher corria para trás e ao ouvir aqueles disparos a população que parecia fazer uma roda começava a correr por suas vidas, como se o show tivesse acabado logo o mercado começava a se esvaziar e o som de pés contra o chão da multidão correndo dava lugar ao som ambiente de batalha que era possível ouvir anteriormente. - Animal imundo, como se atreve. - A mulher mantinha aquele olhar de nojo, como se estivesse sentindo uma verdadeira ânsia de vomito ao ver aquilo. Ela logo começava a mirar novamente no mink a sua frente, ela estava preparada para acertar mais disparos no mesmo a uma distância de pouco mais de quatro metros. Contudo ela não era seu único problema no momento, o gigante agora virava-se, e logo começava a correr em direção a ele de novo, do mesmo jeito que tinha feito anteriormente, com os braços abertos, como se estivesse querendo o abraçar.

Nesse movimento do gigante o outro escravo que estava acorrentado ao mesmo continuava a ser jogado de um lado para o outro, como se fosse apenas um boneco inanimado, era uma visão verdadeiramente feia de se ver. Se o mink não agisse rápido com certeza ele ficaria em uma posição em que não poderia simplesmente contar com a sorte novamente da mulher não acertar nenhum órgão vital com seus disparos, ou pior, fosse esmagado como um rato perante a força do gigante que parecia tremenda. Logo no mercado existiam apenas alguns corajosos curiosos a distância e aquele pequeno grupo que estava batalhando ainda em frente a tenda do ferreiro, o tempo ia passando e se o mink pudesse apostar não demoraria muito para que finalmente a força militar começasse a agir, afinal, a marinha tinha sido notificada com certeza sobre o ocorrido, então não apenas estava lutando contra a mulher e o gigante, mas também contra o tempo.

Finalmente o mink conseguia alcançar seu objetivo, em um golpe feito com maestria ele acertava a mulher que caia morta ao chão sem vida com seu golpe. Aquele com certeza tinha sido a primeira vez que as pessoas finalmente davam um último grito e saiam todos correndo do local. O gigante ao ver sua mestra jogada ao chão parava por um breve momento, ele ficava imóvel por alguns segundos e logo caia de joelhos ao chão com um rosto triste, parecia querer chorar mas não se poderia ver nenhum tipo de lagrimas escorrendo de seu rosto. Por fim era possível ouvir em grande quantidade passos que viam parecendo um exército. Camisas brancas e calças azuis, a marinha estava chegando no lado esquerdo de onde tudo tinha acontecido. Com armas em mãos eles começavam a atirar em direção do gigante e do mink, o gigante levantava-se enfurecido, provavelmente a marinha tinha se enganado no quesito de quem era realmente o inimigo ali, mas o meio gigante não queria ou tampouco estava em condições de explicar o que tinha acontecido e apenas partia para cima dos marinheiros sem uma direção certa. Como seu ataque anterior ele continuava a avançar em direção a eles com os braços abertos.

Aquela era uma boa oportunidade para o mink fugir pelo lado contrário. Ele tinha acordado de maneira calma, mas seu dia finalmente tinha se transformado em algo diferente do que ele imaginava, porém, nesse caminho da vingança que caminhava não teria tampouco dias mais calmos novamente, apenas o cheiro de sangue e o doce gosto da vingança.