[Ficha] - Ágda Skyblazer

Ágda nasceu, foi criada e vive como uma orgulhosa guerreira gigante de Elbaf. Nunca chegou a conhecer seus pais, na comunidade onde vivia, em um dos vilarejos da ilha focado em gerar poderosos guerreiros, as crianças eram separadas de seus parentes cedo e treinadas para o combate desde uma tenra idade.

Nas noites pós treino, os gigantes, mestres e alunos se juntavam em uma fogueira para beber. Uma pequena tradição na comunidade, quando venciam uma batalha seja real ou de treino era dito: “Brindamos porque vencemos.” E quando se perdia, brindavam da mesma forma: “Brindamos porque merecemos.” Diversas coisas podiam acontecer nessa espécie de jantar, mas todas acabavam de forma similar. Com as histórias dos antigos gigantes e como tudo acabou no Ragnarok, dando origem ao nosso novo mundo.

Os contos começavam com o surgimento de Ymir, o primeiro dos gigantes. Continuavam com a apresentação dos monstros da antiguidade, dragões lendários, serpentes que podiam dar a volta no mundo, lobos capazes de trazer caos e destruição. Os contos também falavam sobre nove reinos, cada um com sua própria tribo de gigantes, humanos, anões e assim por diante. Lendas sobre os lendários heróis Aesires eram contadas em subsequência, Odin, seu filho Thor que até hoje é adorado como o campeão favorito dos ancestrais, o gigante de fogo Loki que gostava de pregar peças. E por fim, a forma como todas essas lendas se mataram na guerra final e predestinada chamada Ragnarok.

De certa forma era um pouco estranho, para cada grande morte, um brinde! Tratavam a morte como um guerreiro deveria tratar, honra e orgulho. Ao fim do ragnarok, após tantos contos e lendas, quase toda a vida é morta, mas das cinzas, lentamente, surge outro mundo: as águas se acalmam e as árvores voltam a crescer. Os então chamados deuses sobreviventes se reúnem para deliberar sobre esta nova realidade.

Dos sobreviventes, novas tribos foram surgindo e se desenvolvendo até a que conhecemos nos dias de hoje. E as poucas lembranças que se tem deste Ragnarok é a terra, o sol, os contos mantidos apenas entre os gigantes, e por fim, as quatro Relíquias perdidas do Ragnarok:

Gungnir, a lança de Odin;
Mjolnir, o martelo de Thor;
Coroa de Surtur, um machado lendário forjado com os restos do gigante de fogo Surtur;
Skíðblaðnir, o navio presentado a Frey;

Ágda, sempre encantada de olhos brilhantes refletindo a luz da fogueira, sempre sonhou em explorar o mundo em busca dessas relíquias. Porém enquanto crescia a garota gigante foi percebendo o quanto o povo gigante se acomodou vivendo às custas de sua antiga glória. Para que ela treinava tanto? Por que a faziam se preparar para a guerra se no fim seu povo havia se escondido do resto do mundo naquela ilha?

Incapaz de aceitar tamanha covardia daqueles que lhe ensinaram a ter coragem e orgulho, Ágda tentou criar uma pequena insurgência de jovens gigantes ainda cheios de sonhos e esperanças, difamaram e miraram no trono do rei que covardemente se curvou ao mundo.

Mas quando diante dos líderes, apenas Skyblazer teve a coragem de erguer sua voz, sozinha, ela desafiou os anciões e foi punida por isso. Seu mestre, sentindo-se responsável, deu a vida para que a garota sobrevivesse mesmo que em exílio.

Foi aos seus trinta anos que Ágda partiu das terras de Elbaf sem olhar para trás, com um barco e um sonho. Ela exploraria o mundo, se fortalecendo, juntando aliados e em especial caçando as relíquias perdidas de seu povo, para que um dia pudesse retornar e reacender a chama dos gigantes como sua monarca para um novo amanhecer.

66 anos depois e a gigante continua em sua jornada, sem pressa e apenas curtindo a viagem, por ser de uma raça que vive muito, sua noção de tempo é muito diferente de humanos, e foi natural de que se distraísse com o mundo em meio a sua jornada.

Ágda explorou e navegou em diversos mares diferentes, com ilhas e culinárias novas, e um povo totalmente novo. Por cinco anos trabalhou num estaleiro; por mais dez foi mercenária numa rebelião; presenciou a ascensão do Rei dos Piratas, e também sua morte que deu início à uma nova era.

Após muito tempo velejando como o espírito livre que é, se tornou inevitável obter sua própria recompensa, embora Ágda a princípio não agisse propriamente como uma pirata, se curvar às leis dos humanos era simplesmente impensável. Sua natureza e a falta de intrigas com o governo no entanto lhe deram pouca notoriedade ao longo dos anos, por mais que possa ser considerada da "velha geração" predecessora até mesmo do Rei dos Piratas, a gigante ainda se considera uma mera novata, pois é incrível como o mundo ainda consegue lhe surpreender com coisas novas.

Foi apenas recentemente, numa ilhazinha do South Blue que Ágda foi capaz de encontrar sua primeira relíquia, a Coroa de Surtur, que embora fosse até decepcionante quando comparada com sua própria lenda, reacendeu a chama do desejo de Sky para perseguir novamente seu sonho.

Um pensamento que lhe ocorreu, é que talvez, só talvez, esse grande Rei dos Piratas também tenha encontrado uma ou duas relíquias por aí, escondendo-as em seu tesouro, o One Piece. Agora Ágda navega novamente pela Grand Line, dessa vez levando as coisas a sério e perseguindo o mesmo que todo pirata como um meio para seu fim, embora talvez não leve muito para ela se distrair de novo… afinal de contas, o que um gigante mais tem é tempo.