[Tutorial] Íkaro

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Nome: Íkaro
Idade: 25
Raça: Humano "Três Olhos"
Gênero: Masculino
Localização: Tequila Wolf
Estilo de Combate Básico: Espadachim
Mão Predominante: Canhoto
Qualidade: Ambidestro
Defeito: Obsecado por medicina e quer sempre "dissecar" pessoas que ele acha interessante

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Narrador Imagem : Créditos : 77

TUTORIAL APROVADO

Bem vindo ao All Blue RPG, a partir de agora eu serei seu Instrutor, irei lhe ensinar o básico sobre o fórum. O primeiro post é seu e peço desde já que se atente a sua mini ficha para trabalhar bem suas qualidades e defeitos durante a narrativa. Qualquer dúvida que tiver pode mandar MP que irei responder o mais rápido possível. Segue abaixo algumas informações importantes:

● A ficha usada para o tutorial é exclusiva dele e não precisa ser reaproveitada na sua ficha oficial, que pode ser completamente diferente. Mas nada lhe impede de usar o mesmo personagem.

● O fórum parte da premissa de evitar ao máximo God Mode, ou seja, que o jogador, controle NPCs e cenários. Em resumo evite descrever coisas como “O sol estava forte”, “Era uma manhã fria”. Não é um problema você dizer que acordou ou que está em casa, porém evite criar coisas.

● Uma dica importante para todos é que apesar de não se poder narrar cenários, ou controlar NPCs você pode procurar coisas e interagir com elas colocando a possibilidade de encontrar tais coisas. Exemplo: “Iria levantar e ir até a geladeira da casa, procuraria dentro dela uma maçã e se encontrasse uma já metia aquela bela mordida”

● Recomendo que consulte o Guia de Narração, Guia do Novato e Guia de Combate. antes de realizar o primeiro post.

● Por fim, sempre atente-se ao post de seu Instrutor e as dicas que ele der com cuidado, elas podem ajudar muito você a se guiar no fórum.

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INICIO DO FLASHBACK

-Er... Oi... Bom dia, tudo bem? É mesmo necessário que eu diga o meu nome? Eu sei que você estava me notando há um bom tempo. Sei lá, eu tenho essa sensação, tipo um frio na nuca que percorre minha espinha de cima a baixo.

*O estranho ocupou a cadeira à minha frente naquela taverna. Não havia nada em especial naquele lugar: O mesmo taverneiro passando um pano no balcão, que mais suja do que limpa o lugar... Os mesmos beberrões que dormem sob a baba que escorre das bocas depois de uma noitada qualquer... O mesmo calor de um dia quente no litoral... Para mim, era o lugar perfeito.*

- Como eu dizia, sabia que estava atrás de mim... Pessoas como eu precisam ter "um olho nas costas" simplesmente por sermos... er... Nós mesmos. Ser alguém de "Três olhos" é como andar com um alvo nas costas, e gente como você fareja esses alvos igual um gordo corre atrás de um bolo de chocolate com rum.

- Como é, garoto? Você sabia que eu estou te seguindo? E por que não correu, heim?

*Retirei do bolso algo que nunca deixo longe de mim. Uma inocente lixa de unha... Podem falar qualquer merda de mim, mas as minhas unhas estão sempre impecáveis e bem lixadas. Ao longo da fala do sujeito, segui em meu ritual de lixa-las... Sempre assoprando a poeira delas em direção ao brutamontes que exalava uma confiança sólida de que eu valeria ouro suficiente para seus gastos compulsivos de jogatina, bebida e mulheres.*

-Eu sei o quanto alguém como eu deve valer para o mercado de escravos... Está vendo essa marca no meu pulso? Aqui ficava a marca do filho da puta do escravocata que me comprou. O sádico me usava de dia nas plantações de tabaco pra checar a qualidade do que se colhia e do refino das folhas...

*Era sempre uma merda relembrar disso, mas valia a pena contar pra esse sujeito... Isso talvez faria esse puto salivar pela minha recompensa.*

- ... e de noite ele me currava feito a mulherzinha que ele não tinha por ser mais feio que briga de foice.

- Que peninha, garoto. Isso é pra me fazer ter culpa? Desculpa, mas peninha não vai colocar ouro no meu bolso. Eu conheço esse sujeito, pois foi ele que me contratou pra te buscar... Pelo jeito você é gostosinho demais para ele deixar longe...

- Não não não... *Continuei a assoprar a poeira das unhas em sua direção* Hoje em dia o meu valor não tá mais pra essas coisas... Ele não tem mais nenhum prazer nisso... EUNUCOS nunca têm prazer com essas coisas... O que tenho a oferecer é bem mais lucrativo...

- E o que seria então?

- Escravos mortos ou doentes demais são prejuízo... E eu me tornei a pessoa responsável por remendar cada chicotada... religar cada osso quebrado... recuperar cada miserável que quase morria de desnutrição ou quem cagava até a alma de tanta diarréia devido a cólera, tá ligado? Lógico que eu nunca fui médico... Ninguém nasce médico... Mas antes de mim, tinha alguém lá que me deu um rumo pra vida.

*O Tio do balcão colocou na mesa duas canecas de rum... Peguei a minha e apontei pro brutamontes a segunda caneca*

- Anda amigo, pode beber... O Rum não é dos melhores mas não é veneno ok? *Dou um gole caprichado na minha caneca, mostrando que era seguro beber*... Onde eu estava mesmo? Ah é... Eu fui vendido praquele escroto aos seis anos e no começo também ficava colhendo as folhas e sendo abusado de noite. Aí tinha a pessoa que me remendava... Todos chamavam ele de "Doutor", mas eu o chamava de Julius. Não sei se foi por piedade, mas ele resolveu me tomar como aluno e aprender a fazer as mesmas coisas que ele fazia. No começo eu não entendia por quê ele fazia isso, mas com certeza era bem melhor do que ficar debaixo do sol escaldante da plantação.

-E você virou o médico júnior?

- Eu sempre fui intuitivo, amigo... Eu meio que "pegava as coisas no ar" e absorvi tudo que ele me oferecia. O Sr. Julius me ensinou e explicou tanta coisa que eu realmente gostei disso tudo. Hoje em dia eu não consigo deixar de falar de coisas médicas... Cada ser é único em seus dotes e características fisiológicas... Até você mesmo me aparenta ser um belo espécime...

- Qualé, garoto! Tá me estranhando? Eu não gostos dessas putarias não!

-Nem eu, queridão... Mas você é um espécime que adoraria dissecar... Mas voltando à história... O Sr. Julius foi um sujeito muito legal mesmo. Passei os quinze anos seguintes trabalhando com ele e cuidando da saúde dos escravos e até dos senhores. Mas tinha algo ali que nunca sumia... Eu ainda era um escravo... Na verdade até o Sr. Julius era um escravo ali... Estamos presos em correntes tão pesadas que isso nos sugava mais do que a vida... Sugava nossas almas. Eu descobri que o Sr. Julius estava com os dias contados por conta de um câncer no pulmão.

- Ué! E não tinha como tratar dele?

- Até tinha, cara... Mas é o tipo de coisa que custa dinheiro pra caralho... Mas sejamos francos, pra quê gastar dinheiro com um médico velho moribundo se eu tenho nas mãos um médico jovem e saudável? Eu só fiquei aliviando as dores dele até a hora de morrer. Eu vi o único sujeito que cuidou de mim e me deu um propósito de vida definhar até o óbito. Era óbvio que eu não queria ficar naquele lugar e apodrecer...

- E você, pequeno assim, acha mesmo que conseguiria escapar?

-Não mesmo... Mas tinha que fazer algo à respeito... Comecei a usar o que sabia de medicina pra poder machucar as pessoas do jeito que doía mesmo... Mesmo sem armas eu aprendi a socar aonde dói, e com essas mãos eu consegui o meu jeito de abrir caminho pela porta da frente... Encontrei o escroto do seu contratante e fiz ele virar um eunuco. Mano... Foi legal pra cacete deixar aquele puto vivo mas sem sua ferramenta de "currar garotos"... E com o pedaço de pele que tinha a marca dele do meu braço...

- Peraí! Você quer dizer que...

- Arranquei a pele do meu braço e larguei aonde tinha o pinto daquele infeliz... Só fui cuidadoso em estancar o sangramento dele com um ferro quente da lareira, assim como o ferimento do meu braço...

*Terminei calmamente de lixar a mão esquerda e passo para a mão direita, sorrindo conforme o meu perseguidor bebia o rum*

- Porra garoto... Admito que você tem colhões. Eu não tenho nada contra você e nem sou fã do meu patrão... Mas como é ele que tá pagando seu peso em ouro, eu vou ter que levar você, rapaz...

- Eu gostei de conversar com você, tio... Mas não será hoje que volto praquele inferno... Até porque um moribundo como você mal pode levantar o dedo para me ferir...

*Ver ele paralisado foi engraçado. Nos olhos dele eu conseguia ler a surpresa e o pânico de nem mexer a língua... Ele devia estar pensando que tinha veneno no rum... Coisa normal... Peguei a caneca dele e bebi o restinho do rum e mostrei a caneca vazia.*

- Eu falei que o rum não estava envenenado... Mas não disse nada sobre as minhas unhas... Eu não disse que estava notando você ao longe? Então fiz o necessário e sujei as minhas unhas com um esmalte comporto de veneno de ouriço rubro... Essa coisa paralisa tal qual um anestésico quando misturado com alcool no organismo... Algo como uma caneca simples de rum.

*Os olhos dele tremiam arregalados de tanto pavor e pânico. Deixei umas moedas na mesa enquanto me levanto e coloco minhas mãos em seus ombros.*

- As moedas são para um grupo de arruaceiros te comerem de porrada, ok? Eles não vão te matar, mas vão machucar um bocado... E que isso seja um aviso pra você, um aviso pro escroto do seu patrão, e um aviso pra qualquer um que tentar me colocar algum grilhão ok? Conta pra todos que eu conheço várias formas de matar, mas eu eu conheço coisas piores do que a morte...

*Deixei o local, assobiando e acenando para os três garotos que fariam o serviço por mim... Com certeza, acredito que seria um bom recado*

FIM DO FLASHBACK

*Acordo com as lembranças desse dia... Uma boa noite de descanço... realmente revigorante. Olho para a cicatriz no braço, e lembro daquele dia... Da primeira vez que eu deixei de matar um caçador e o usei para dar um recado praquele puto... Espero que ele entenda que posso fazer coisas bem piores do que arrancar o pinto de alguém. Me permito sorrir enquanto visto minhas calças e olho para o espelho. Esse terceiro olho, sempre sendo motivo de minha perseguição...*

"Será que eu teria mais paz nessa vida de merda se eu não tivesse esse olho na testa?"

*Lavo o rosto na bacia, como meu ritual para ajeitar esse cabelo espetado e bagunçado. Mais uma vez ele não esconde completamente o olho em minha testa, restando sempre apelar para uma faixa. Eu não gostava muito desse visual, mas é bem melhor estar assim do que todos me olharem com repulsa...*

- Bem... O que devo esperar desse novo dia?

Narrador Imagem : Créditos : 77

TUTORIAL

Em mais um dia, Íkaro despertava com as lembranças vívidas do seu passado, um momento de virada para si. Com todo esse tempo sendo caçado para ser levado de volta, era a primeira vez que havia passado uma mensagem, que havia se levantado para dizer "basta", e o fato de ter acordando com essas memórias em sua mente era prova mais do que suficiente de que a partir daquele momento o três olhos não seria mais o mesmo. Ele precisava seguir em frente. Levantando-se de sua cama, pode ver pela janela os flocos de neve caindo, uma visão comum em Tequila Wolf, mas que ainda causava desconforto devido ao frio que trazia consigo, e a água da bacia posicionada ao lado da cama era quase como gelo ao tocar a pele do seu rosto, causando uma onda de calafrio pelo seu corpo. Com a lareira apagada, não havia nada além das grossas cobertas que poderia o proteger do frio rigoroso.

Mas apesar de tudo, o dia estava bem comum, assim como todos os outros dias nos quais ficou hospedado em um pequeno hotel da ilha, apenas com o frio como companhia, mas naquela manhã, algo de diferente estava prestes a acontecer. - Por favor, ajuda! Eu preciso de um médico! - Íkaro pode ouvir uma voz vindo de um andar de cima, unida ao som de passos pesados no teto e alguém batendo em portas. Pelo tom da voz, a pessoa parecia estar um tanto desesperada. Pode ouvir alguns hospedes resmungando devido à gritaria, mas ninguém parecia ir o ajudar, pois o jovem continuou batendo nas portas de outros quartos, descendo até o andar abaixo, onde o quarto do três olhos ficava. - Minha irmã está muito doente, eu preciso de ajuda! Se não tiver um médico, pelo menos alguém pra ficar de olho nela enquanto vou na cidade procurar alguém! Por favor! - Batendo nas portas do quarto ao lado, logo a figura bateu em sua porta durante sua procissão desesperada por ajuda, sendo ignorado. - Alguém! Qualquer um!

CONSIDERAÇÕES:

Bem vindo ao fórum, espero que se divirta por aqui. Vamos começar seu primeiro post oficial, já que o de introdução geralmente não tem muito o que fazer. Você até se saiu bem, só fica ligado pra não abusar de flashback, pois isso pode deixar a narração maçante ou evidenciar que você não sabe como fazer conteúdo pro post, mas se usar em pontos chaves momentâneos, pode enriquecer a narração. Creio que o melhor momento para se usar um flashback é quando confrontado com algo de relevância da sua história.

Mas, indo ao que interessa, o cenário foi apresentado, e tu pode decidir como agir, isso ta totalmente nas suas mãos. Pode ficar no quarto e ignorar, pode ir falar com ele, pode sair e ir para a cidade, pode até pular pela janela se quiser, mas lembre-se sempre de narrar com possibilidades. E se for partir para a sua primeira interação com um npc, tenha em mente o que você pode dizer a ele e o que ele pode responder. Se conseguir imaginar as respostas possíveis, pode colocar possibilidades para isso e agilizar a conversa. Não espere que ocorra algo como um post pra cada frase. outra dica que vai te ajudar é expressar seu personagem na narração. Durante as aventuras você vai se deparar com muitas situações diferentes, então lembre-se sempre de, mesmo que não vá falar nada, indicar os sentimentos do seu personagem. Sei que, sendo um tutorial, não deve ter algo tão desenvolvido, mas quanto mais conseguir expressar seu personagem na narração, melhor ela vai ficar.

Por último, aqui no forum usamos uma coisa chamada "histórico". Ele serve para fazer a contagem dos seus posts, ganhos, perdas, ferimentos, etc. Tudo que vai ser relevante à longo prazo e pode acarretar em uma modificação em sua ficha. Vou deixar o code aqui para você ir usando e já se acostumar. No mais, desculpa a demora, sabe como é fim de semana, e boa sorte.

Código:: [spoiler=Histórico]• [b]Nome:[/b]
• [b]Posts:[/b]

• [b]Ganhos:[/b]

• [b]Perdas:[/b]

• [b]Ferimentos:[/b]
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